Estudar não é para todos
Como professor, conheço de perto as dificuldades de alunos ao ingressarem no ensino superior. O que antes era sonho passa a ser uma realidade em grande parte secundária diante de outras responsabilidades que não o compromisso pessoal em aprender. O verbo estudar é compreendido e substituído por pagar e a política do pagou-passou é enraizada por cada vez mais clientes e, não estudantes, que, sabe-se Deus, fazem nas cadeiras universitárias. Hoje, com os avanços da tecnologia, passa-se a exigir e a condicionar o aprendizado a confortáveis ambientes como quem senta na praça de alimentação de um shopping para um bate-papo. Alunos exigem e discutem não mais conteúdos e sim o ar refrigerado da sala, a lousa eletrônica e tudo que possa fazer com que eles se sintam em qualquer lugar menos um ambiente de aprendizado. Muitos reclamam da dinâmica das aulas, pois são tomados pelo sono e desinteresse e exigem dos professores não uma aula, uma discussão onde o pensar seja o objetivo principal; eles querem uma aula-show, um espetáculo montado a cada encontro onde nós professores sejamos animadores de plateia deixando para segundo plano a essência do porque não estão em um parque de diversão e sim em um centro de estudos. Que fique claro, estudar não é brincadeira e consequentemente, não é para todos.
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Alan Victor de Azevedo Abreu
Bacharel em Relações Públicas, Especialista em Relações Públicas, MBA em Comunicação Empresarial e Marketing, aluno especial programa de mestrado e doutorado em Educação, Radialista.